07/04/2018
Sylvia Urquiza avalia que ex-presidente pode se encontrar a qualquer hora, mas policiais não podem invadir sua residência à noite
Luiz Vassallo, Fausto Macedo e Luiz Fernando Teixeira
07 Abril 2018 | 18h38
Às 18h30, mais de 24 horas após o prazo – 17h desta sexta-feira, 7 – imposto pelo juiz federal Sérgio Moro para que o ex-presidente Lula se entregue à Polícia Federal em Curitiba, o petista continua entrincheirado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo. Condenado a 12 anos e um mês de prisão no caso triplex, Lula está há de dois dias no prédio da entidade.
Em um dia no qual acompanhou missa em homenagem à sua falecida mulher, Marisa Letícia, fez comício em que desafiou seus algozes da Lava Jato para ‘o debate’ e admitiu que se entregaria, Lula não conseguiu deixar o prédio. Ao tentar, em carro prata, junto de seus advogados, foi barrado por um cordão humano de militantes.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, chegou a alertar os manifestantes que a ‘situação jurídica’ do ex-presidente poderia piorar. “A PF deu meia hora”, afirmou, sobre carro de som. Eles continuam a resistir.
“A polícia não pode invadir a residência dele durante a noite. Porém, pode entrar no sindicato e o ex-presidente Lula pode se entregar a qualquer hora, mesmo durante a noite”, afirmou Sylvia Urquiza, sócia do Urquiza, Pimentel e Conto Advogados.
Já o advogado Daniel Bialski disse que Lula ‘pode ser preso a qualquer hora desde q não esteja em sua residência’.”O que há é restrição de horário para a polícia cumprir mandado de prisão e poder entrar na residência. Essa restrição não existe de 2a a 6a, das 6 as 18:00″.