Procuradoria pediu à Justiça a prisão preventiva de Laurence Casagrande Lourenço
José Marques
Mario Cesar Carvalho
SÃO PAULO
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O Ministério Público Federal em São Paulo pediu à Justiça nesta sexta (29) que o ex-presidente da Dersa e ex-secretário estadual no governo de Geraldo Alckmin (PSDB-SP) Laurence Casagrande Lourenço, detido na Operação Pedra no Caminho, fique preso por tempo indeterminado.
Ele é suspeito de envolvimento em fraudes e desvios nas obras do trecho norte do Rodoanel e está em prisão temporária desde o dia 21. A Procuradoria quer transformar a sua prisão em preventiva —ou seja sem tempo determinado.
Além de Laurence, a Procuradoria também quer que o ex-diretor do Dersa Pedro da Silva também passe de preso temporário para preventivo.
Os pedidos estão com a juíza da 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo Maria Isabel do Prado, que ainda não proferiu sua decisão.
O Ministério Público Federal não divulgou os motivos para os pedidos de prisão preventiva, mas a Folha apurou que foram juntados depoimentos contrários aos presos para reforçar a requisição dos procuradores.
Na noite desta sexta, a magistrada concedeu liberdade aos outros cinco investigados que estavam presos. Foi determinada a expedição de alvarás de soltura para Adriano Francisco Bianconcini Trassi, Benedito Aparecido Trida, Edison Mineiro Ferreira dos Santos, Pedro Paulo Dantas do Amaral Campos e Valdir dos Santos Paula.
“Tendo em vista que não há mais interesse da autoridade policial ou do Ministério Público Federal, órgãos com competência exclusiva para a investigação de crimes de ação penal pública (…), cumpre a este juízo conceder a liberdade antecipadamente a tais investigados”, decidiu a juíza.
Os advogados de Pedro Paulo, Daniel Bialski, Patrícia Uzum e Juliana Bignardi, comemoraram a decisão em nota. “Felizmente a Justiça reconheceu a inexistência de razão, motivo e necessidade dessa prisão arbitrária de Pedro Paulo. E em breve, reconhecerá que inexistiu qualquer ilicitude.”
A Operação Pedra no Caminho investiga aditivos às obras do Rodoanel assinados pela estatal paulista Dersa na gestão Alckmin que levaram a prejuízos de mais de R$ 600 milhões, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público.
De acordo com as investigações, foram beneficiadas pelos aditivos as construtoras OAS e Mendes Júnior, que já são investigadas na Operação Lava Jato.
As apurações sobre os adendos contratuais levaram à decretação da prisão de 15 suspeitos no último dia 21. Oito foram soltos no dia 22 e, no dia 25, os outros sete tiveram a prisão prorrogada por cinco dias.
Os advogados de Laurence, Eduardo Carnelós, e de Pedro da Silva, Cassio Cubero, negam que eles tenham cometido irregularidades.