Daniel Bialski Comenta: Com Olimpíadas, Brasil terá que combater nova forma de terrorismo

A mais nova forma de terrorismo é baseada na atuação de lobos solitários e redes sociais

Desde o final do mês de Maio, é possível encontrar simpatizantes do grupo extremista Estado Islâmico, além de braços da Al- Qaeda, publicando ameaças e manuais de atentados contra os Jogos Olímpicos do Rio em redes sociais.

Dentre estas postagens, encontramos mensagens até mesmo em português, solicitando o recrutamento de jihadistas. As mensagens na internet, levaram a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência a fazerem prisões baseadas na lei antiterrorismo, embora ainda restem dúvidas de como combater as novas estratégias terroristas.

O Estado Islâmico é um grupo extremista com uma estratégia muito organizada nas redes sociais

O grupo tira proveito da rapidez da disseminação de mensagens através da internet e da facilidade em apagar seus rastros. Contando com simpatizantes para realizarem a maioria dessas ações, o grupo percebeu rapidamente que basta incentivar pessoas a agirem em seu nome para que o terrorismo se propague.

Em sua maioria, as mensagens são publicadas em árabe, embora também hajam mensagens publicadas em inglês, francês e agora com a proximidade dos Jogos Olímpicos, passaram a surgir mensagens publicadas também em português.

A ameaça mais recente foi registrada através de canais do Telegram e foi recebida nesta sexta-feira, momentos antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos.

Segundo o especialista em processo penal, Daniel Bialski, o Brasil deve esgotar todos os recursos disponíveis para combater essas ameaças terroristas, inclusive, aplicar a lei antiterrorismo, caso necessário “É uma lei que traz dispositivos novos, que trata os radicais de forma radical. Qualquer dúvida, qualquer suspeita de pessoas que queiram se organizar para tentar iniciar um processo de terrorismo pode ser detida ou sofrer medidas de retaliação.”

Bialski ainda acrescenta “O Brasil, aprovando uma legislação que pune tudo isso, dá um grande passo que diz: o país não será hospedeiro e nem vai ficar quieto se vocês vierem aqui praticar qualquer tipo de ato. A prevenção é o melhor remédio. É melhor extrapolar o poder de vigilância do que lamentar a morte de dezenas de pessoas no futuro”.

 

Fonte: Ansa Brasil – Com Olimpíadas, Brasil terá que combater nova forma de terrorismo

 

Daniel Leon Bialski

Daniel Leon Bialski, Mestre em Processo Penal pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2008). Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1992). Membro do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais – IBCCRIM e da Comunidade de Juristas de Língua Portuguesa (CJLP). Foi Vice-Presidente da Comissão de Prerrogativas da Seccional Paulista da OAB entre os anos 2008/2009.

Ingressou na banca fundada por seu pai e mentor, o saudoso Dr. Helio Bialski, ainda no ano de 1988, então denominada “Helio Bialski – Advogados Associados”, onde estagiou. Ao graduar-se em 1992, passou a figurar como Sócio do escritório, o qual passou a denominar-se “BIALSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS“. Atua nas diversas áreas do Direito Penal, possuindo destacada atuação perante os Tribunais do país. Outrossim, milita na esfera do Direito Administrativo Sancionador, notadamente processos administrativos disciplinares nos órgãos censores de classe (em especial na Corregedoria da Polícia Civil).

Atualmente, Daniel Leon Bialski é Presidente da Sinagoga Beth-el em São Paulo; atua como Secretário-Geral do Clube A Hebraica de São Paulo; atua como tesoureiro da Sinagoga Beith Chabad Central; é Diretor do Museu Judaico de São Paulo; é membro do Conselho de Ética e Conselheiro do Sport Club Corinthians Paulista.